A identidade é a maior dádiva que a vida pode dar a uma pessoa. Ter consciência de suas raízes é uma vantagem significativa que te fará entender as razões de tudo. Os sinais estão todos postados, mas diante de uma mente não preparada para tal visão os códigos se tornam labirintos indecifráveis, edificando o retrocesso e acendendo a desesperança que transforma o seu mundo em uma prisão a céu aberto. Mudar de casa nunca foi um problema para Régis. Apesar da pouca idade sempre soube enxergar o melhor dos vários mundos em que habitou. É com essa energia que o então adolescente se vê de frente a um lugar que, na opinião dos adultos, era a última estação antes da desgraça total. O dia a dia de um lugar chamado A Colônia sob a ótica da inocência, da simplicidade e da grande vontade de aprender sobre tudo. A curiosidade leva o pequeno novo morador a explorar variados universos que A Colônia proporcionava a seus habitantes no final dos anos 80. Entre pedreiros e domésticas, igrejas e centros de umbanda, marginais e heróis, Régis vive de maneira intensa os vários grupos que, em suas casas inacabadas, povoaram aquele local. A Colônia conta as aventuras do pequeno Régis diante dos mais incríveis segredos escondidos debaixo do sol de 45 graus e da densa poeira de um lugar onde, o doce de amendoim e uma fábrica de cachorros, podem te levar para lugares inesperados.

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Se tudo sabes quem és, saberás onde podes chegar.

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